
Buenos Aires em janeiro é muito diferente da cidade que conheci dois anos atrás em pleno inverno de agosto. Repleta de turistas p/ todo lado e o calor é mesmo insuportável. Minha primeira investida na cidade foi procurar a tão famosa Calle Florida de Borges. Em minha mente, imaginei encontrar uma rua cheia de arvores, mulheres elegantes caminhando pelas calçadas enquanto ouviam elegantes galanteios dos cavalheiros que as cortejavam, e porque não, muitas flores. Que ironia! Encontrei um grande calçadão repleto de lojas de todos os tipos, e muita gente: vagabundos, trombadinhas, turistas, mendigos, prostitutas, marginais, vigaristas, policiais, trabalhadores, profetas, todos se acotovelando e correndo de um lado para o outro se sabe lá para onde. Igualzinho ao centro de São Paulo, de Porto Alegre, de Salvador, de Santiago do Chile... Deus não fez dois lagos iguais, mas o homem faz todos os prédios, todas as ruas, e todas as cidades exatamente iguais.
Buenos Aires tem seu charme sim, conserva uma arquitetura antiga riquíssima, e tem muitas opções de lazer, mas me perdoem os amantes de Buenos Aires, ao recém chegar da Patagônia é realmente difícil enaltecer qualquer qualidade desta cidade, seja lá qual for. Depois de três dias e meio
As férias acabaram e a partir de uma vaga idéia sobre o que seria a Patagônia, volto para casa cheio de lembranças sobre experiências que não me deixaram jamais. Viajar para alguns não passa de uma importantíssima fonte de renda para os que exploram o turismo, mas por outro lado tem também seu lado poético e humano. Viajar liberta a mente e te faz refletir sobre uma porção de coisas, alimenta a alma de alguns pobres que buscam algo mais da vida, mesmo que eles ainda não saibam o que buscam.
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